sexta-feira, 10 de junho de 2011

Falando em educação...

Secretaria da Educação divulga:
“A escola que se quer construída é a escola do acolhimento, que recebe e mantém sob seus cuidados todas as crianças e jovens, que favorece o acesso à cultura, à arte, à ciência, ao mundo do trabalho, que educa para o convívio social e solidário, para o comportamento ético, para o desenvolvimento do sentido da justiça, o aprimoramento pessoal e a valorização da vida.”

Este trecho encontra-se nos artigos da “Política Educacional da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo”. Creio que essas sejam apenas algumas das intenções, não só do Governo de São Paulo, mas sim de todos os Estados brasileiros em si. Destacando o fato de que sou participante dessas políticas vividas (ou não) dentro das escolas públicas, considero-me lesada por não conseguir visualizar esses aspectos. Não discordo de tudo o que foi citado pela SEE, porém, julgo este artigo como um tanto “otimista demais” ou apenas “hipócrita”.
A sociedade em si, está progredindo para o individualismo em grande escala. Isso é resultado do capitalismo e das tecnologias que nos leva a essa realidade. Vivemos o individualismo dentro dos nossos lares e principalmente dentro das escolas, ao contrário do que diz a SEE hoje, a escola pública não é um lugar de acolhimento, ela não nos educa para convívio social e solidário e muito menos para o comportamento ético. A não ser que, como por exemplo: o Buylling seja visto pelo Governo como um avanço para a sociedade justa em que se vive! Ou demonstração de um convívio social adequado.
O Governo do Estado de São Paulo se “auto-julga” um Governo Educador, Solidário e Empreendedor, então isso basta para compreendermos que o próprio também é individualista. Porque na prática, nem tudo o que eles dizem fazer é eficaz para amenizar o caos que a educação paulista vive. As próprias estatísticas comprovam que, são poucas escolas, dentro de São Paulo, que alcançam anualmente o “mínimo percentual satisfatório” nas provas avaliativas aplicadas (nesse caso o SARESP).
Não existem muitos incentivos para mudar o quadro, apenas algumas parcerias e alguns projetos que nunca saem do papel. Para alguns, essas parcerias são vantajosas; não porque aprenderam na escola e sabem que podem exercer, mas porque descobriram (até mesmo dentro de casa) que se buscarem conhecer seus direitos, estarão à mercê de tudo o que o Governo quer que eles sejam: alienados.
Os programas e parcerias que, aparentemente, visam ajudar o estudante da rede pública de ensino, não são suficientes para suprir toda a demanda de jovens que necessitam de um ensino de qualidade para poder ingressar no ensino superior ou no mercado de trabalho. A distribuição de materiais escolares, livros didáticos e apostilas não transformam o adolescente capaz de usufruir dessas parcerias que, na maioria das vezes, funcionam com processos seletivos. Podemos citar como exemplo a parceria do Governo com o Centro Paula Souza, que criou Escolas Técnicas e Faculdades Técnicas de qualidade para jovens que pretendem ingressar no mercado de trabalho com alguma formação além do ensino médio. Essa parceria trouxe mais oportunidades aos jovens, porém, nem todos têm capacidade ou apenas conhecimentos para passar em um processo seletivo do gênero. E isso não é culpa do jovem por “não saber”, não é culpa dos professores por “não ensinar” ou “não transmitir conhecimentos de forma adequada” e sim, do Governo que pensa que o cidadão mantém-se satisfeito com tais “beneficiações”.
A verdadeira educação de qualidade só será oferecida, quando os nossos direitos e deveres como cidadãos forem REALMENTE apresentados nas escolas, quando os jovens souberem conciliar a informação com os estudos, quando a sociedade for realmente incluída dentro das decisões dos Governos Estatais ou Municipais e quando a democracia começar a ser vivida corretamente.

Cinthia Leite.

Ps: Curso acabando e estou feliz por passar o dia dos namorados em PAZ. USAHUASHAS :)

Nenhum comentário:

Postar um comentário